E mais uma vez aqui estou desabando em mais uma crise existencial no Word, porque a internet ta lenta e ta demorando muito pra abrir meu blog.
Novidade que eu to contando até 200 mil.
Novidade que eu to chorando de tanto afobamento.
Não sei o que acontece na minha cabeça nessas horas tão corridas da vida.
Ontem pela primeira vez recebi um convite bobo, mesquinho, mas inédito na minha vida. Tava esperando faz um certo tempo, eu confesso. Mas só queria dizer mesmo que fiquei muito contente. Acabei excedendo meus horários. Acabei me enganando e acordando estressadamente atrasada. Até aqui, muito comum.
Passei o dia meio acompanhada, meio sozinha. Meio relaxando, meio ficando mais nervosa ainda.
Minha mãe veio e fiquei euforicamente feliz. Fiquei um bom tempo falando com meu namorado e ele não me deixou falando sozinha. Ponto pra alegria de novo!
Até que minha mãe promete e não cumpre. Até que o que eu combinei com meu namorado não sai do jeito que eu queria. Até aí também muito normal e muito comum. Minha mãe não tem compromisso com as coisas mesmo. E meu namorado já aprendeu a ter paciência comigo.
Mas foi só minha mãe fazer tudo desesperadamente correndo que a alegria foi por água a baixo junto com a minha contagem regressiva que tava aprendendo a contar nas horas mais tensas.
Foi tiro e queda. Ela aprontou a correria desesperada dela, perguntou quinze vezes cada pergunta costumeira de assuntos que ela nem se preocupa muito: namorado, mudança no meu quarto, eu trabalhar sozinha, limpar mais a casa, lençóis limpinhos, não sair a noite, entre demais. Ela chamou minha tia umas quatro vezes, minha afilhada umas sete, pediu pro meu tio parar de reclamar de fome umas outras quatro vezes (perto de mim) e fez tudo correndo. Pecou completamente em tudo. Odeio essa coisa de ficar repetindo, perdi o costume de ter mais calma com a minha mãe, e não sei mais fazer direito correndo. Foi o suficiente. Bastou.
Ei mantive a tolerância porque sei que ela é minha mãe. Fosse o meu namorado eu já tinha discutido a relação.
Respirei poucas vezes e foi só ficar sozinha pra começar a desabar.
Como isso me faz mal. Como a pressa e o desespero acabam comigo.
Entrei no banho e fiz o que eu odeio assumir que faço. Chorei. Amarguradamente eu desabei e comecei a pensar nos altos do meu coração. No quanto eu mudei e no quanto eu ainda tenho que mudar.
Tão difícil lidar com mudanças e ainda tenho tantas pela frente. Tenho que parar de ser tão intensa. Tenho amado demais algumas coisas e odiado demais outras. Cadê minhas preferências?
Peco no excesso. Canso as pessoas com meus excessos. Cade a Bruna agora? Pra onde ela foi? O que ela ta fazendo? Será mais uma que desistiu? Lucas pelo amor de Deus não desiste porque senão eu sumo.
Não vai mais deitar na minha cama pra bater papo comigo Roka? E se eu te contar que considero você uma amiga de vdd? O que vc vai fazer? Vai dizer que eu sou a pessoa mais engraçada que vc já morou.
Imaginei na hora errada: “Se eu não tivesse mais aqui. Coitadinho do meu pai. Eu sou a vidinha dele. Eu sou o orgulho dele. Eu sou o tesouro das minhas avós. Sou o luxinho delas, eu sento mesmo, deito mesmo no colo delas. Peço mesmo pro meu avô me abraçar direito. Essa jeito seco dele não me mete medo. E a minha mãe? O que acontece com uma pessoa sem metade do coração?
A Maria ia ter que aprender de novo que uma hora as pessoas se vão.”
Acho que não foi na hora errada coisa nenhuma. Era isso mesmo. Mereço cada dificuldade. Mereço cada obstáculo. Cada dor. Mereço, por vocês e por mais ninguém, ser eu mesma. Meio intensamente variando na alegria e na tristeza. Aprendendo sempre. Errando sempre. Mas tentando sempre. Ajoelhada.
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