quinta-feira, 14 de março de 2013

Me perguntei de que lado eu estou.

Respondi a mim mesma: estou do meu lado. Pedi a mim mesma que abandonasse o próprio ego. Pedi a mim mesma com voz de medo "Para. Por favor para. Você está me machucando. Está ferindo meu lado mais dolorido. Para." Não me canso de me pedir pra parar. Acordo com medo, durmo com medo e passo o dia todo com dor nos pés. Tanta pressa pra caminhar está me machucando. Tanta sede pelo perfume das rosas está me fazendo perder a força nos pés. Estão feridos com espinhos. E como dói.
E toda vez que eu imagino estar chegando. Toda vez que eu imagino estar perto do cheiro delas, me lembro que ta na hora de parar. Tem horas que a dor não deixa seguir em frente. Tem horas que o cansaço faz a gente parar. Tem horas que a gente para e se pergunta se vale mesmo tanto a pena, passar por cima do que a gente sempre foi pra ser o que todo mundo quer que a gente seja. E na hora que a gente chegar em casa? E na hora que a gente voltar pro caminho? A gente nem vai saber mais pra onde ta indo!!! Porque toda vez que a volta a caminhar, a gente vai pra onde a gente é. Volta pra buscar o que é da gente desde quando a gente começou a caminhada.
Desculpa, rosas! Mas eu vou escolher meu ego. É ele quem me diz quem eu sou. É ele quem me trouxe até aqui. Pode não ter me levado pros melhores lugares, e com certeza não me levou pros caminhos mais seguros e mais bonitos. Mas me levou pra onde eu queria. Pra onde eu sempre quis ir. Desculpa, rosas! Eu adoro o seu perfume e adoro sua cor, mas sempre vivi sem rosas e nunca me fizeram falta. Querer não é SER, e eu vou escolher meu ego.



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